Você já reparou que está viciada em coisas que te empobrecem?

Eu sei, fui dura. Mas eu preciso que você pare tudo agora e preste atenção em mim. Eu mesma já fui viciada em comprar coisas que eu nem precisava, em ficar horas rolando o feed, passar o fim de semana todo assistindo série e comendo porcaria… até que um dia eu pensei: e se eu usasse esse mesmo mecanismo do vício… para coisas que me deixassem rica? Hoje eu vou te mostrar como trocar vícios ruins por vícios que constroem a vida que você quer viver.

Eu estou lendo Pensamento Eficaz e logo no comecinho do livro o autor escreve:

“Cada momento corriqueiro é uma oportunidade de tornar o futuro mais fácil ou mais difícil. Tudo depende de pensar de forma eficaz.” (página 15)

E é exatamente isso: bons hábitos tornam o futuro mais fácil. Eles nos enriquecem — não só o bolso, mas também a saúde, os relacionamentos e a forma como a gente pensa. Porque riqueza de verdade não vem de um golpe de sorte, e sim do que a gente escolhe repetir todos os dias.

O padrão social

A primeira coisa que eu percebi é que, muitas vezes, meus vícios ruins não eram só meus. Eles eram nossos. Eram hábitos que todo mundo ao meu redor tinha — e eu só repetia sem questionar.

Existe um padrão social que diz o que é “normal” fazer com o nosso tempo e com o nosso dinheiro. Sair para gastar todo fim de semana, trocar de celular todo ano, passar horas no sofá vendo TV, reclamar da vida mas não mudar nada. É o piloto automático coletivo.

E o problema é que o cérebro ama pertencer. Ele prefere se encaixar no grupo do que pensar de forma eficaz. Seguir a multidão dá sensação de segurança… mas muitas vezes essa multidão está correndo para o lado errado.

Quando eu percebi isso, comecei a me perguntar: se todo mundo está fazendo, isso significa que é bom para mim… ou só que é confortável para eles? Foi aí que eu comecei a trocar o “normal” pelo “intencional” — e a buscar vícios que me destacassem, não que me prendessem.

“A mudança só acontece quando você está disposto a pensar por si, quando faz o que ninguém mais está fazendo e corre o risco de parecer um idiota por causa disso. Assim que você percebe que está fazendo o mesmo que todos os demais – e apenas porque todas as outras pessoas já estão fazendo – é hora de tentar algo novo.” (página 39)

O poder do ambiente

De maneira inconsciente, você adota os hábitos das pessoas com quem convive. É automático. Você repete expressões, gestos, preferências… e, claro, hábitos financeiros e de vida.

Se as pessoas ao seu redor gastam sempre que recebem, você começa a achar isso normal. Se todo mundo enrola para começar a se exercitar, você também sente menos urgência. Por outro lado, se o seu círculo fala de investimentos, de projetos, de saúde… você acaba absorvendo isso sem nem perceber.

Nós somos como esponjas. O ambiente social é o líquido. E não tem como sair seco.

Quando eu quis me viciar em hábitos que me deixassem rica — de dinheiro, de saúde e de mente —, precisei olhar para quem estava me influenciando. Passei a me cercar de pessoas e conteúdos que reforçavam o que eu queria ser, não o que eu queria deixar para trás.

Porque a verdade é que, se você não escolher conscientemente o seu ambiente social, ele vai escolher os seus hábitos por você.

“Participar de grupos cujos comportamento-padrão são o comportamento almejado é uma maneira eficaz de criar um ambiente favorável. Se você quer ler mais, participe de um clube do livro. Se tem interesse em correr, junte-se a um clube de corrida. Se quer se exercitar mais, contrate um treinador. O ambiente que escolhemos, e não apenas nossa força de vontade, ajudará a nos empurrar na direção das melhores escolhas.” (página 46)

Pare de dar desculpas para si mesma

Existe um momento em que você precisa parar de acreditar nas suas próprias desculpas.

No livro Pensamento Eficaz, tem uma frase que me marcou:

“Ninguém se importa tanto com suas desculpas quanto você. Na verdade, ninguém se importa com suas desculpas, exceto você.” (página 57)

E é verdade. O mundo não vai ajustar o ritmo porque você “não teve tempo”, “não estava inspirado” ou “não sabia por onde começar”. A sua vida continua, com ou sem as suas justificativas.

Eu mesma já disse para mim: “vou começar a me exercitar quando tiver mais disposição”, “vou organizar minhas finanças quando ganhar mais”, “vou investir quando entender melhor”. Só que esse momento perfeito nunca chega.

A virada de chave foi perceber que vício bom também exige decisão. Ninguém se vicia em hábitos que transformam a vida esperando o cenário perfeito. Eles começam no meio da bagunça, no meio do cansaço, no meio do improviso.

Então, se você quer se viciar em hábitos que te deixem rica, pare de se contar histórias que te mantêm no mesmo lugar. A verdade é que, enquanto você se protege com desculpas, está perdendo tempo para mudar.

Ensinar o cérebro a gostar do que constrói riqueza

Quando a gente fala de riqueza, a maioria das pessoas pensa logo em ganhar mais dinheiro. Só que o verdadeiro segredo está no que você treina o seu cérebro a valorizar.

Eu comecei a perceber que quase todos os meus vícios ruins vinham de pensamentos de primeiro nível — aqueles que só enxergam a recompensa imediata. Comer o que dá mais prazer agora, gastar no que me anima no momento, ficar no sofá porque é mais confortável. Tudo isso satisfaz na hora… mas custa caro no longo prazo.

Pensamentos de segundo nível são diferentes. Eles olham além do momento presente e escolhem o que vai trazer o maior benefício no futuro — mesmo que seja menos prazeroso agora. Treinar porque quero saúde daqui a 10 anos. Investir porque quero liberdade financeira. Estudar porque quero abrir mais portas.

O problema é que, se você nunca se força a pensar em segundo nível, o cérebro fica viciado no primeiro. E a vida que você constrói é uma soma de gratificações rápidas… e consequências demoradas.

Foi só quando comecei a escolher conscientemente o segundo nível — repetidas vezes — que percebi que estava, finalmente, me viciando nas coisas certas.

O que é riqueza de verdade?

Quando a gente pensa em riqueza, o que vem na cabeça? Dinheiro? Casas? Carros?

Eu também já pensei assim por muito tempo. Mas a verdade é que riqueza vai muito além do saldo bancário.

Riqueza é ter saúde para aproveitar a vida, ter energia para realizar seus sonhos, ter clareza mental para tomar boas decisões, e relacionamentos que te fortalecem.

Por isso, eu começo a enxergar a riqueza como um conjunto de hábitos que me fazem crescer em todas essas áreas — financeira, física, mental e emocional.

Por exemplo:

  • Financeira: anotar todos os gastos, investir uma porcentagem fixa do salário todo mês, evitar compras por impulso.
  • Física: fazer exercícios regulares, cuidar da alimentação, dormir bem.
  • Mental: ler todos os dias, meditar, estudar temas que me fazem evoluir.
  • Emocional: reservar tempo para estar com pessoas que amo, praticar gratidão, aprender a lidar com as emoções sem fugir delas.

Esses hábitos não são perfeitos, e eu também escorrego às vezes. Mas o importante é que eles criam uma base sólida para que a minha vida se torne, aos poucos, mais rica — não só no bolso, mas em qualidade, liberdade e sentido.

E quanto mais a gente se vicia nessas práticas, mais a riqueza deixa de ser uma meta distante e vira parte da nossa identidade.

Lidando com o inimigo interno: conheça suas fraquezas

Uma coisa que aprendi — e que talvez você também já tenha sentido — é que o maior inimigo da nossa transformação muitas vezes não está lá fora. Está dentro da gente.

É aquela voz interna que convence você a desistir, que repete que “não é para você”, que levanta mil desculpas para não começar ou continuar.

Conhecer seus pontos fracos é o primeiro passo para não deixar que eles dominem suas decisões. Eu, por exemplo, sei que tenho uma tendência a procrastinar quando a tarefa parece difícil demais, ou que fico desmotivada quando não vejo resultado rápido.

Não adianta lutar contra essa parte tentando ser perfeita. O segredo é aceitar essas fraquezas, entender de onde elas vêm e criar estratégias para contorná-las — como dividir as tarefas em passos pequenos, criar rituais para manter o foco, ou buscar apoio quando a vontade falha.

O inimigo interno perde força quando você o conhece bem e para de dar poder para ele. Não é fácil, eu sei. Mas é necessário. Porque a verdadeira mudança vem do equilíbrio entre disciplina e compaixão consigo mesma.

Quando você entende seus pontos fracos, começa a construir um caminho mais realista e gentil para se viciar nos hábitos que vão te deixar rica — e, de verdade, se manter nele.

A força da consistência: o vício que nasce do dia a dia

Uma das coisas mais difíceis de entender é que a transformação real não acontece de uma hora para outra. Não é aquele clique mágico, nem o grande salto.

O que realmente constrói riqueza — seja financeira, emocional, física ou mental — é a consistência das pequenas ações diárias.

Quando eu comecei a querer me viciar em hábitos bons, percebi que não adiantava nada ter vontade por um dia e desistir no outro. O vício, aquele que realmente muda a vida, nasce quando você repete o mesmo comportamento, mesmo quando não está animada, mesmo quando está cansada, mesmo quando ninguém está olhando.

É aí que a força da rotina entra em cena. Porque, no começo, o prazer não é tão grande, a motivação oscila, e o esforço parece pesado. Mas, aos poucos, a repetição cria um caminho no cérebro, uma espécie de trilha que facilita a continuidade.

Essa é a mágica da consistência: ela transforma a ação consciente em automática, o esforço em hábito, a escolha em vício.

Então, se você quer mesmo se viciar em coisas que vão te deixar rica, precisa se comprometer com o dia a dia — com os passos pequenos que parecem nada, mas que, somados, mudam tudo.

Transformando vícios ruins em vícios bons

Agora que a gente já entendeu o que é um vício bom, como o ambiente influencia, a força da consistência e o papel do nosso inimigo interno, quero te dar alguns exemplos práticos de como fazer essa troca na sua vida.

Vício ruim: passar horas rolando o feed sem parar.

Vício bom: usar esses minutos para ouvir um podcast que te ensina algo novo sobre dinheiro, carreira ou autoconhecimento.

Vício ruim: comprar por impulso, só para sentir uma satisfação momentânea.

Vício bom: criar o hábito de avaliar cada compra, verificar se ela é realmente necessária ou não, e aprender a começar a investir para descobrir como ver seu dinheiro rendendo juros é muito mais prazeroso do que encher a casa de objetos dos quais você não precisa.

Vício ruim: comer besteira sempre que está ansiosa ou cansada.

Vício bom: ter uma rotina de autocuidado, que inclui meditação, caminhada ou leitura leve para acalmar a mente.

Vício ruim: procrastinar tarefas importantes porque parecem difíceis.

Vício bom: dividir as tarefas em pequenos passos e comemorar cada avanço.

Trocar um vício ruim por um vício bom não acontece do dia para a noite, e nem precisa. A ideia é substituir, pouco a pouco, os prazeres que te drenam pelos que te constroem — e logo você vai sentir que esses hábitos positivos estão te “pedindo” para fazer parte do seu dia.

Se você quer dar o próximo passo para transformar esses vícios bons em resultados reais, eu tenho um e-book que pode te ajudar muito: “Como parar de procrastinar, tirar suas metas do papel e transformar a sua vida”. Nele, eu compartilho estratégias práticas e exercícios para você sair do modo “deixa para depois” e começar a agir de verdade em direção aos seus objetivos. Clique aqui se quiser investir nessa transformação e fazer acontecer!


E aí? Qual vício você vai começar a transformar hoje?

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Sobre o Autor

Inara Souza
Inara Souza

24 anos, interior de São Paulo. É formada em Engenharia Civil e pós-graduada em Arquitetura de Interiores. Criou o Casinha Arrumada para falar das coisas que mais ama e compartilhar histórias. É apaixonada por decoração, livros, músicas e séries de TV. Siga nas redes sociais: Instagram - Facebook - YouTube - Pinterest

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