“Sua vida nova vai custar a sua antiga. Vai custar sua zona de conforto e seu senso de direção. Vai custar relacionamentos e amigos. Vai custar gostarem de você e o entenderem. Não importa. As pessoas que foram feitas para você vão encontrá-lo do outro lado. (…) Em vez de ser apreciado, você será amado. Em vez de ser compreendido, você será visto. As coisas que você vai perder foram feitas para alguém que você não é mais.” (Livro A Montanha É Você)

Por Que Crescer em Silêncio é Uma Estratégia Poderosa de Transformação Pessoal
Quanto mais o tempo passa e quanto mais eu amadureço, mais eu percebo o quanto o SILÊNCIO pode ser uma ferramenta poderosa no nosso processo de amadurecimento, conquistas e crescimento pessoal.
Quando você muda sua vida sem alarde, sem foto na rede social, sem espalhar para os quatro cantos, você tem a oportunidade de crescer em silêncio, aprender com o processo sem o julgamento ou a expectativa de outras pessoas pesando sobre você. Você aparece do outro lado, mais madura, mais consciente, mais capaz – e pode inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo. Porque agora você sabe.
Se você abriu este post, provavelmente já está no processo de mudar os aspectos da sua vida que realmente precisam de mudança.
- Talvez você queira cuidar melhor da sua saúde e emagrecer.
- Talvez você esteja buscando por autoconhecimento e saúde mental.
- Talvez esteja criando coragem para mudar de carreira e realizar o seu sonho de empreender.
Como alguém que já esteve no ponto de início da jornada em todos esses aspectos, eu preciso te dizer: muita coisa na sua vida vai mudar. Você vai precisar deixar muita coisa para trás. Gente, hábitos, distrações, versões suas que já não combinam com quem você está se tornando.
Conquistar a nossa versão mais autêntica, saudável e feliz dá um trabalho danado. Mas vale cada lágrima derramada e cada sorriso secreto de orgulho de si mesma. Lembre-se que a “sua vida nova vai custar a sua antiga, mas as coisas que você vai perder foram feitas para alguém que você não é mais”.
Mas por que eu bato tanto na tecla do “cresça em silêncio”? Por que isso te blinda. Te blinda das críticas prematuras, do julgamento alheio, da necessidade de performar a mudança e te permite viver o processo com verdade interna.
Se você também está nessa jornada de crescimento pessoal, já entendeu que a sua vida precisa de mudanças e que ninguém está vindo te salvar, hoje eu quero compartilhar com você as principais transformações que eu fiz e que mudaram completamente a minha vida aos 30 anos — na saúde, na rotina e nos hábitos, nos relacionamentos, na vida financeira e no trabalho.
De Onde Eu Vim: O Início da Minha Jornada de Autoconhecimento
Eu não tenho todas as respostas, mas eu com certeza posso te falar uma ou duas coisas sobre crescimento pessoal, amadurecimento e mudança de vida.
Há 5 anos atrás, eu era uma pessoa completamente diferente. Eu estava sempre correndo atrás de coisas – mais dinheiro, mais conquistas materiais – e negligenciava completamente a minha saúde. Eu não tinha bons hábitos alimentares, não praticava atividade física, estava sufocada de crenças disfuncionais que eu nunca havia questionado, pesando quase 30 kgs a mais e tomando medicação controlada para um transtorno de ansiedade.
Foi o meu “basta”. Foi o momento em que eu entendi que, se eu não mudasse a minha vida, as coisas só piorariam dali em diante. Eu comecei então uma jornada de autoconhecimento e transformação pessoal que mudou toda a minha vida.
É por isso que, neste vídeo, eu quero te falar das mudanças – de mentalidade, rotina e hábitos – que transformaram a minha vida e me fizeram começar a viver uma vida que realmente vale a pena ser vivida. Vamos lá?

1. A Primeira Transformação: Cuidar do Corpo Sem Pressa
A primeira área da minha vida que colapsou foi o meu corpo. Como eu já contei em outros vídeos aqui do canal, eu estava constantemente cansada, ansiosa, inflamada, emocionalmente instável. Minha energia oscilava, meu sono era superficial, e minha alimentação funcionava como um anestésico para as minhas emoções.
Eu entendi quase tarde demais que meu corpo não era o problema — ele estava apenas gritando por socorro. O ganho de peso, a exaustão, a ansiedade… Ele estava dando sinais claros de que eu precisava mudar os meus hábitos e começar a cuidar mais de mim.
A primeira mudança não foi na balança, foi na minha forma de me enxergar. Eu finalmente comecei a me enxergar como alguém que também precisava ser cuidada, amada, percebida – em primeiro lugar, por mim mesma.
Comecei fazendo exercício em casa, depois passei a fazer algumas caminhadas pelo meu bairro, até que finalmente me matriculei na academia.
Com o tempo, outras coisas mudaram também:
Comecei a comer de forma mais intuitiva e menos impulsiva, descobrindo o prazer de me alimentar com aquilo que nutria o meu corpo de verdade, e não só com aquilo que gerava prazer momentâneo.
Comecei a reduzir os estímulos – principalmente a cafeína – e isso me ajudou a regular os níveis de ansiedade no meu corpo. Foi realmente surpreendente perceber como a cafeína impactava a minha percepção do mundo.
Comecei a priorizar o meu sono e passei a adotar pequenas estratégias que hoje me ajudam a ter um sono de mais qualidade, realmente restaurador. Aprendi que um dia produtivo começa na noite anterior.
2. Viver os Dias com Mais Intenção (e Menos Emoção)
Por muito tempo, eu deixei meus dias serem guiados por como eu me sentia — e não por quem eu queria me tornar.
O resultado? Ciclos que se repetiam. Avanços que não se sustentavam. Um eterno quase.
Eu vivia esgotada, atolada em tarefas urgentes e distrações vazias, com aquela sensação incômoda de que eu fazia muito — mas não saía do lugar.
Foi quando eu entendi: “não há nada mais perigoso do que um carro em alta velocidade na contramão da estrada”.
Ou seja, produtividade sem direção clara só acelera o desgaste. Ela te cansa, mas não te leva pra onde você quer ir.
A virada foi quando eu parei de agir no impulso e comecei a agir com intenção. O autoconhecimento foi e é uma chave extremamente importante nesse processo, porque se você não conhece seus valores, se você não sabe o que é importante para você, a estrada vai sempre bifurcar em direções diferentes. É quando você se vê vivendo o roteiro de vida de outra pessoa.
Hoje, antes de tomar qualquer decisão, antes de fazer qualquer coisa, eu paro e me pergunto: “isso me aproxima ou me afasta da pessoa que eu quero ser?”.
Assim, cada pequeno hábito e tarefa do meu dia passaram a ser uma escolha consciente, alinhada com a mulher que eu quero me tornar.
Hoje, eu priorizo aquilo que sustenta a vida que eu quero construir, não o que alivia o desconforto momentâneo.
Nem sempre é fácil. Nem sempre dá vontade. Mas a verdade é que: a vida dos meus sonhos exige uma versão minha que não vive mais no piloto automático.

3. A Coragem de Não Agradar
Uma das transformações mais profundas da minha vida foi aprender a me escolher.
Durante muito tempo, eu me moldava para caber. Dizia “sim” para não desagradar. Engolia desconfortos para manter a harmonia. Carregava culpas que nem eram minhas. Tudo em nome de vínculos que, no fundo, me custavam demais.
Até que eu percebi que a coragem de ser feliz inclui, sim, a coragem de ser mal interpretada, criticada e até detestada.
“A coragem de ser feliz também inclui a coragem de ser detestado e de agir sem se preocupar em satisfazer as expectativas dos outros. Quando você adquire essa coragem, seus relacionamentos ganham uma nova leveza.” (Livro A coragem de não agradar)
Passei a dizer mais “não”, a me afastar de relações onde eu precisava me encolher para ser aceita, a escolher conexões que me nutrem, respeitar meu tempo, meu espaço, meus limites.
Eu estava sempre culpando os outros pelo que me faltava. As outras pessoas eram sempre as egoístas, as narcisistas… o que eu não entendia é que eu vivia o que permitia. Eu havia construído essas relações ruins todas as vezes em que me anulava, todas as vezes em que colocava o outro em primeiro lugar mesmo quando aquilo me fazia mal, todas as vezes que não me posicionava.
As cartas do relacionamento estavam sempre nas mãos das outras pessoas, nunca nas minhas. Eu não tinha voz – e ainda culpava o outro por isso.
Eu precisei aprender – e ainda estou no processo – que ser boa não é se anular, que uma boa relação não é aquela em que nunca há brigas, mas onde as pessoas sabem se respeitar mesmo quando as opiniões divergem. Que a minha voz tem força, que as minhas vontades importam.

4. Conhecimento Traz Liberdade e Clareza
Uma das coisas mais transformadoras que eu fiz por mim mesma foi começar a ler com intenção.
Ler me tirou da superfície. Me ajudou a nomear o que eu sentia, a entender o que eu vivia, a ampliar o que eu achava possível.
E, principalmente, me deu ferramentas para tomar decisões melhores — em todas as áreas da vida.
- Porque quando você entende como a mente funciona, você para de se sabotar tanto.
- Quando você entende de finanças, você começa a tomar decisões melhores, com mais estratégia e menos emoção.
- Quando você entende sobre rotina, hábitos e saúde, você aprende a viver com mais intenção, liberdade e autocuidado.
- E quando você busca seu autoconhecimento, você finalmente começa a viver a sua vida — e não a que esperam de você.
Conhecimento não é só acúmulo de informação. É clareza. É autonomia.
Hoje, eu trato a leitura como um ato de autocuidado.
E cada livro que eu leio me aproxima um pouco mais da mulher que eu quero me tornar.
5. Dinheiro É Liberdade, Não Aparência
Por muito tempo, eu acreditei que pessoas ricas eram mais felizes. Mas eu achava que riqueza era ter uma casa grande e confortável, um carro chique na garagem, fazer muitas viagens por ano…
E eu trabalhei duro por isso. Comprei casa, comprei carro – até que eu percebi que nada dessas coisas estavam me fazendo realmente feliz. Pior: estavam roubando minha paz de espírito, parcela por parcela.
Eu comecei a me questionar: “então a vida é isso?”. Porque foi o que me ensinaram: compre um carro, financie uma casa. Então porque eu me sentia presa? Eu tinha um trabalho incrível, que eu podia fazer de qualquer lugar do mundo, eu mandava nos meus horários, mas me sentia presa porque eu tinha parcelas para pagar.
No meu processo de autoconhecimento e estudos sobre finanças pessoais, eu finalmente entendi que ter “coisas” não era mais importante para mim do que ter “tranquilidade” e “liberdade”.
Eu queria viver em paz, sabe? Estar em paz no momento em que uma emergência financeira aparecesse, escolher passear em uma quinta-feira a tarde, viajar durante a semana… Finalmente entendi que para isso, eu precisaria ter dinheiro investido no banco, e não parcelas com juros exorbitantes para pagar.
Comecei a organizar minha vida financeira, quitar as dívidas, construir minha reserva de emergência e começar a investir.
Hoje, o dinheiro que entra na minha vida tem propósito, direção e clareza.
E isso não me faz apenas mais rica. Torna a minha vida mais leve também.
6. Produzir menos, mas produzir melhor
No trabalho, a grande virada foi parar de tentar dar conta de tudo — e começar a dar conta do que realmente importa.
Durante anos, eu confundi produtividade com ocupação. Achava que quanto mais eu fizesse, mais resultados teria. Mas, na prática, isso só me deixava exausta, com a sensação de que o que eu fazia nunca era o suficiente.
Foi só quando eu parei, respirei e olhei com honestidade para a minha rotina de trabalho que eu percebi: não é sobre fazer mais, é sobre fazer mais do que importa.
Hoje, eu trabalho com mais presença e intenção. Priorizo fazer mais daquilo que realmente está produzindo os melhores resultados. E aprendi a dizer “não” para tarefas que só vão roubar o meu tempo. Escolho poucas metas, mas realmente me comprometo com elas.
Fazer menos, mas fazer melhor, é o meu novo padrão de sucesso.
E foi isso que me trouxe clareza, foco e resultados reais — sem me perder de mim.
Conclusão: Cresça em Silêncio, Floresça com Consciência
Se você sente que algo precisa mudar — seu corpo, sua mente, sua carreira, sua rotina — saiba que a transformação começa sem plateia.
O silêncio não é isolamento. É proteção. É incubação.
É onde você cria raízes antes de florescer.
E quando você surgir do outro lado, as pessoas certas vão reconhecer:
Você se tornou a mulher que nasceu para ser.
Leia mais sobre desenvolvimento pessoal.
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