Filme: Sem Reservas

Sem Reservas andava esquecido aqui na prateleira de casa há algum tempo. Ontem decidi preparar uma pipoca e ver o filme, que conta com Catherine Zeta-Jones, Aaron Eckhart e Abigail Breslin no elenco.

O filme conta a história de Kate (Catherine Zeta-Jones) – uma versão hollywoodiana de Martha, do filme Simplesmente Martha, uma comédia dramática alemã lançada no ano de 2001 -, uma chef de cozinha perfeccionista, pragmática e metódica. Na verdade, a cozinha do badalado restaurante de Manhattan onde  trabalha é toda a sua vida. Há muito tempo Kate evita relacionamentos e mora sozinha em seu apartamento, com sua vida regrada e sem sobressaltos.

Mas tudo começa a mudar quando um acidente a faz responsável pela sobrinha, Zoe (Abigail Breslin), uma garotinha de 9 anos que prefere espetinhos de peixe aos sofisticados pratos que Kate prepara. Enquanto tenta se recuperar da perda e se aproximar da sobrinha, Kate também precisa lidar com o novo subchefe contratado para ajudá-la na cozinha do restaurante, o expansível e bem-humorado Nick (Aaron Eckhart), que gosta de cantar ópera enquanto cozinha e divertir a todos a sua volta. E que, com a ajuda de Zoe, parece estar cruzando todas as linhas de proteção que Kate criara em torno de si mesma ao longo dos anos.

“Eu gostaria que existisse um livro de gastronomia para a vida, com receitas que nos dissessem exatamente o que fazer em situações como essas”, diz Kate ao seu terapeuta em determinado momento do filme.  Kate não acredita que precisa de um terapeuta; na verdade, ela só participa das sessões porque a chefe ameaçou demiti-la se ela não o fizesse. No começo, Kate preenche o tempo enchendo os ouvidos de seu terapeuta com descrições minuciosas de receitas, mas os novos acontecimentos mudam o contexto das sessões de análise e Kate começa a pensar em sua própria e excessivamente metódica e organizada vida.

Sem Reservas é uma comédia dramática capaz de entreter e enternecer. Abigail Breslin, nossa Miss Sunshine está incrível no novo papel e Catherine Zeta-Jones e Aaron Eckhart conseguem convencer o telespectador no papel de duas pessoas completamente diferentes que se complementam. O romance é água-com-açúcar e o enredo é bastante comum, no estilo a que estamos acostumados, mas o filme também passa uma lição muito bonita sobre solidão, recomeço e descobertas. É decididamente um filme para rir… e chorar. 

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