Quando li Memórias de uma Gueixa em 2012, tive uma surpresa enorme. Eu havia postergado a leitura por muito tempo quando finalmente decidi dar uma chance ao livro escrito por Arthur Golden. E sem dúvida nenhuma foi uma das melhores leituras que eu fiz naquele ano e na minha vida. A narrativa de Golden é maravilhosa, cheia de lírica e metáforas encantadoras. E a história narrada por ele… era uma história de dor, luta, amor e esperança. Algo que tocou a minha alma profundamente. Memórias de uma gueixa é um daqueles livros que todo mundo deveria ler, sabe?
Para ler a resenha que eu escrevi do livro, é só clicar aqui.
Eu sabia da existência do filme, mas até então não tinha tido a oportunidade de assistir. E só posso dizer que fiquei encantada e completamente apaixonada pelo trabalho lindíssimo. As gueixas são uma obra de arte viva e foi maravilhoso ver esse mundo retratado na tela, poder observar suas cores e tradições. A trilha sonora também é maravilhosa e conta com nomes como Yo-Yo Ma, um violoncelista chinês muito famoso (que eu conheci lendo Se eu ficar).
Memória de uma gueixa conta a história de Chiyo, que, aos 9 anos, é vendida pelos próprios pais para uma tradicional okiya (casa de gueixas). O ano é 1929 e Chiyo possui uma dívida com a okiya e com a okaasan (que é como a gueixa mais velha da okiya é chamada). Para saldá-la, Chiyo deve aproveitar seus ensinamentos na escola de gueixas e tornar-se famosa e trazer lucros para a okiya. No entanto, uma tentativa frustada de fuga acaba com a oportunidade de Chiyo de se tornar uma gueixa e ela acaba se tornando uma escrava doméstica na okyia, devendo trabalhar para pagar suas dívidas e para ter um teto e comida.
Seus dias são terríveis, tendo de lidar com a austeridade da okaasan e com a maldade de Hatsumono, a gueixa mais popular da okyia. Tudo muda, porém, quando um homem interrompe sua caminhada para simplesmente conversar com ela e oferece a ela uma raspadinha e carinho. Surge aí um amor platônico de Chiyo pelo homem identificado apenas como “Presidente”. Chiyo passa então a enfrentar os dias na esperança de um dia revê-lo novamente.
Mas Chiyo, com seus belos olhos azuis acinzentados, não está destinada à vida doméstica e à servidão. Um dia, Mameha visita a okiya de Chiyo e faz a okaasan uma proposta surpreendente, arriscada e irrecusável: ela se comprometeria com a edução de Chiyo e a tornaria a gueixa mais famosa do hanamachi (a comunidade das gueixas) em apenas um ano. Se os lucros de Chiyo não saldassem sua dívida com a okiya em apenas 6 meses, ela lá permaneceria para sempre e seus lucros obtidos então passariam a ser da okyia. Mas se a dívida fosse paga, os lucros de Chyio passariam a ser de Mameha até que fosse pago todo o investimento feito por ela em seu treinamento. Mameha é uma gueixa muito famosa, independente e reconhecida por ter conseguido um danna (um homem que a sustenta, que a escolheu como amante exclusiva).
Chiyo então retoma seus ensinamentos e se torna uma gueixa. Seu nome passa a ser Sayuri e ela precisa então aprender a conviver com as invejas e intrigas desse mundo de artes e beleza, ao mesmo tempo em que, agora mulher, sonha com o dia em que verá o Presidente novamente.
É um filme cheio de beleza e com uma superprodução que foi orçada em 85 milhões de dólares. O filme foi indicado em várias categorias ao “Globo de Ouro”. Eu li também que o filme não foi bem recebido no Japão, que considerou a película uma caracterização distorcida que não reflete a verdadeira história recente do Japão e das gueixas. Para mim foi um bom filme, tendo em vista que eu conheço muito pouco da cultura oriental e do Japão.
Eu amei a produção rica em detalhes e cheia de cenários lindos. E gostei muito da história de luta e amor de Chiyo, embora seja preciso desconsiderar tudo o que você entende de amor romântico pelos filmes ocidentais que assiste para entender que na sua frente está outra cultura cheia de costumes diferentes. Ser uma gueixa, no final, é mais do que uma profissão. É um estilo de vida.
É um filme maravilhoso que realmente vale a pena ser visto!
Alguém já viu o filme? O que acharam?
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Inara! Eu senti a mesma coisa que tu sentiu ao ler o livro. Sou doida por ele!
E logo que terminei de ler o livro, soube da existência do filme mas fui adiando e até agora não assisti. Mas tu me relembrou da história!
Só pelas fotos, dá pra ver que a fotografia é incrível demais!
Ao ler o post, me deu uma saudades boas desse livro tão maravilhoso!
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O livro é maravilhoso mesmo, Fêh, mas o filme não deixa a desejar não, viu? Gostei demais! 🙂