O salário caiu na conta? É hora de se organizar! Veja abaixo alguns passos práticos para se organizar e fazer sobrar dinheiro.

Pare de fazer a contabilidade mental e comece a criar um orçamento mensal

Antes de pensar em fazer qualquer coisa com o seu salário, você precisa criar um orçamento mensal. Isso significa se organizar com os gastos do mês. Quanto você tem de despesas fixas mensais? E com relação às dívidas? Como você irá se organizar e qual quantia destinará a cada categoria de gastos para conseguir poupar e investir pelo menos um pouquinho?

Para criar um orçamento mensal eficaz, é importante seguir alguns passos. A ideia é ter uma visão clara dos seus ganhos e gastos para garantir que você não gaste mais do que ganha e consiga poupar e investir para os seus objetivos, afinal, seu salário não pode ser apenas para pagar contas.

Nosso Planner Financeiro é a ferramenta perfeita para isso! Com ele, você pode organizar seus ganhos e gastos, gastos no cartão de crédito, compras parceladas, poupança e investimentos… Tudo isso de uma maneira muito prática! É a opção perfeita para quem tem dificuldade de usar uma planilha, porque você vai receber o arquivo em PDF para baixar e imprimir. Clique aqui para adquirir o seu.

Passos para criar um orçamento mensal:

1. Calcular a renda total mensal

  • Some todas as fontes de renda que você recebe regularmente, como o seu salário, renda extra, aluguéis, etc.
  • Exemplo:
    • Salário: R$ 2.500
    • Renda Extra: R$ 1.000
    • Total: R$ 3.500

2. Listar todas as despesas fixas

  • As despesas fixas são aquelas que ocorrem todos os meses e têm valores que não variam muito, como:
    • Aluguel: R$ 1.100
    • Conta de luz: R$ 200
    • Conta de água: R$ 80
    • Internet: R$ 100
    • Transporte: R$ 200
    • Outros

3. Listar as despesas variáveis

  • Inclua então as despesas que podem variar mês a mês, como:
    • Compras no supermercado: R$ 800
    • Lazer (restaurantes, cinema, etc.): R$ 400
    • Outros gastos variados

4. Incluir despesas sazonais ou anuais

  • Alguns gastos são pagos de forma esporádica, como:
    • Impostos (IPVA e IPTU)
    • Manutenção do carro/casa

5. Estabelecer metas de poupança

  • Defina quanto você quer economizar mensalmente, seja para um fundo de emergência, aposentadoria ou investimentos.
  • Exemplo:
    • Poupança/investimentos: 10% da renda = R$ 600

6. Revisar o saldo final

  • Subtraia o total de despesas da sua renda mensal.
  • Se o saldo for negativo, será necessário ajustar as despesas ou aumentar a renda.

Analise suas entradas

Agora que você já passou tudo para a planilha, planner financeiro ou caderno, é hora de começar analisando suas entradas, ou seja, os seus ganhos. Talvez você tenha incluído apenas o valor do seu salário do mês; no entanto, se você tiver outras fontes de renda, como uma bonificação que recebeu no trabalho ou uma ou mais fontes provenientes de uma renda extra que você fez, por exemplo, avalie tudo cuidadosamente.

No meu caso, minhas fontes de renda são bastante diversificadas porque hoje eu tenho a minha própria empresa, e essa análise é ainda mais importante porque eu consigo observar quais produtos ou serviços estão vendendo mais, quais estão lucrando menos, e isso me ajuda no meu negócio também.

Analise suas despesas

Também é muito importante analisar suas despesas. Talvez você esteja gastando demais com alguma categoria específica e somente uma avaliação criteriosa irá permitir a você contornar a situação e cortar gastos burros do seu orçamento.

Será que você precisa mesmo de 5 aplicativos de streaming? Será que não sairia mais barato levar marmita de casa para o trabalho ao invés de comprar na rua?

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Estabeleça limite de gastos nas categorias variáveis

Uma coisa que me ajuda muito a controlar o orçamento é estabelecer limite de gastos nas categorias variáveis. Um exemplo: assim que eu recebo o meu salário, eu transfiro um valor x para uma conta destinada aos meus gastos com supermercado e feira no mês. Essa conta tem um cartão de débito e eu vou utilizando ao longo do mês, sabendo que aquele é o valor que eu tenho para gastar naquele mês, nada a mais. Isso me ajuda muito a não extrapolar o orçamento.

Você pode fazer a mesma coisa para os gastos com lazer, com cuidados pessoais, roupas… Se você sente que está gastando mais do que deveria e quer propor um desafio a si mesma, você pode usar a técnica dos envelopes.

A técnica dos envelopes é uma abordagem prática para gerenciar finanças pessoais, que consiste em separar fisicamente ou virtualmente o dinheiro para categorias de despesas específicas. Essa técnica ajuda a controlar os gastos e garantir que você não ultrapasse o orçamento definido para cada categoria.

Você pode usar envelopes de verdade, como os que estão disponíveis dentro do nosso Planner Financeiro. Imprima e monte os envelopes de papel e coloque o valor correspondente em dinheiro dentro de cada um, para cada categoria de despesa. Ao longo do mês, você só pode gastar o valor que está dentro de cada envelope para aquela categoria específica. Por exemplo, se o envelope de “lazer” tiver R$ 400, você não pode gastar mais do que isso. Se acabar o dinheiro, terá que esperar até o próximo mês.

Essa técnica é uma maneira eficaz de controlar os gastos, principalmente para quem está começando a organizar melhor as finanças.

Estabeleça quanto vai poupar

Agora que você já sabe quanto ganha e já fez uma análise cuidadosa dos seus gastos, é hora de estabelecer a quantia que irá destinar para os seus investimentos.

O ideal é tentar poupar pelo menos 10% do seu salário. Trate a poupança como se fosse uma despesa fixa no seu orçamento, pois se você esperar para “ver quanto sobra para investir”, nunca irá começar, e eu falo isso por experiência própria. Então, assim que o seu salário cair na conta, já separe a quantia que você irá destinar aos seus investimentos. Se pague primeiro, é do seu futuro que estamos falando!

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Monte uma reserva de emergência de até 6 meses do seu custo de vida

O primeiro passo se você está começando a poupar e investir agora, é montar a sua reserva de emergência.

O ideal é que ela seja de pelo menos 6 meses do seu custo de vida. Ou seja, se o mínimo que você precisa para viver, ou seja, pagar as despesas básicas, se alimentar e ter algum lazer é R$2.000 por mês, então o ideal seria ter pelo menos R$12.000 investidos para a sua reserva de emergência.

A reserva de emergência é um valor destinado a cobrir despesas imprevistas, como perda de emprego, problemas de saúde, ou reparos urgentes. O principal objetivo é ter o dinheiro disponível rapidamente, se você precisar. Por isso, o ideal é investir essa reserva em ativos de alta liquidez e baixo risco.

Eu deixo a minha reserva em um CDB de liquidez diária do Banco Inter, que rende a partir de 100% do CDI. Mas aqui estão algumas opções recomendadas para investir sua reserva de emergência:

1. Tesouro Selic

  • O que é: Título público emitido pelo governo federal que acompanha a taxa básica de juros (Selic).
  • Vantagens:
    • Segurança: É considerado o investimento mais seguro do Brasil, pois é garantido pelo governo.
    • Liquidez: Você pode resgatar o dinheiro a qualquer momento, e o valor é depositado na sua conta em um dia útil.
    • Rentabilidade: Acompanha a taxa Selic, que, historicamente, é competitiva em comparação a outros produtos de baixo risco.
  • Indicado para: Quem quer segurança máxima e facilidade no resgate.

2. CDB com Liquidez Diária

  • O que é: Certificado de Depósito Bancário emitido por bancos para captar recursos.
  • Vantagens:
    • Liquidez diária: Você pode retirar o dinheiro a qualquer momento, sem perder rendimento.
    • Rentabilidade: Depende da instituição, mas pode ser superior à poupança, especialmente se o CDB render a partir de 100% do CDI.
    • Garantia: Coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250.000 por CPF e por instituição financeira, o que traz segurança extra.
  • Indicado para: Quem busca alternativas com mais retorno que a poupança, mas com boa liquidez e segurança.

3. Conta remunerada em bancos digitais

  • O que é: Algumas fintechs oferecem contas que rendem automaticamente, com base em CDBs ou em outros títulos de renda fixa.
  • Vantagens:
    • Liquidez imediata: O dinheiro pode ser retirado a qualquer momento, sem burocracia.
    • Praticidade: Muitas dessas contas remuneram a partir do momento que o dinheiro é depositado.
  • Indicado para: Quem quer manter a reserva em algo de fácil acesso e com rendimento maior que a poupança.

Quite suas dívidas

Se você tem dívidas, deve procurar eliminá-las o mais rápido possível. Então, procure estudar sobre dívidas e trace uma estratégia para começar a pagá-las o quanto antes.

Recomendo que você quite as suas dívidas enquanto monta a sua reserva de emergência paralelamente, caso você ainda não tenha uma. Ou seja, se você destinou R$600 do seu salário para poupar e investir, você pode destinar R$200 para a reserva e os outros R$400 para começar a liquidar as suas dívidas.

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Separe uma quantia para investir

Agora que você já montou a sua reserva de emergência e não tem mais dívidas, pode começar a estudar e buscar outros tipos de investimentos, para começar a realizar seus sonhos, como comprar um carro, uma casa, fazer uma viagem em família…


Organizar suas finanças vai permitir a você viver a vida com mais liberdade e segurança. No começo, pode parecer difícil anotar os gastos, controlar seu dinheiro e separar uma quantia para investir para o seu futuro. Mas conforme o tempo for passando, vai se tornar um hábito e você começará a colher os frutos do seu plantio, vendo seu dinheiro render mês após mês e começar a gerar uma renda passiva para você!

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Sobre o Autor

Inara Souza
Inara Souza

24 anos, interior de São Paulo. É formada em Engenharia Civil e pós-graduada em Arquitetura de Interiores. Criou o Casinha Arrumada para falar das coisas que mais ama e compartilhar histórias. É apaixonada por decoração, livros, músicas e séries de TV. Siga nas redes sociais: Instagram - Facebook - YouTube - Pinterest

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