Eu cometi muitos erros com dinheiro nos meus 20 e poucos anos.

Alguns por ingenuidade, outros por impulso, e vários porque ninguém nunca me explicou o básico.

Hoje eu olho para trás e vejo quanto dinheiro eu desperdicei, quanta ansiedade eu poderia ter evitado… e quanto mais leve seria a minha vida se eu tivesse feito escolhas mais conscientes.

Nesse vídeo, eu vou te contar 7 erros financeiros que eu cometi (ou vi quase todo mundo cometer) nessa fase da vida — tipo financiar um carro em 60 vezes, viver com a conta zerada, ignorar reserva de emergência, fingir que tá tudo bem enquanto se afunda em dívidas ou compras por impulso.

E mais importante do que listar esses erros, eu quero te mostrar o que teria feito diferente.

Porque dinheiro é uma das coisas que mais afeta nossa liberdade, nosso bem-estar e até nossa saúde emocional. Mas ninguém fala disso com a franqueza que a gente precisa.

Financiar um carro em 60x

Erro #1:

Eu financei um carro logo no começo da vida adulta. Era usado, simples, mas eu queria muito ter o meu. A parcela cabia mais ou menos no que eu ganhava — e eu fui lá e fechei o contrato.

O detalhe? Eu trabalhava de casa. Não tinha uma necessidade real de ter um carro. Mas eu estava tão envolvida nessa ideia de que ‘ter um carro é sinônimo de independência’, que nem parei para pensar se aquilo fazia sentido para mim.

Por que foi um erro:

Eu não tinha reserva de emergência. Não tinha planilha. Não tinha estabilidade.

Parcelar em 60 vezes parece leve quando a gente está empolgada. Mas aí vem o pacote completo: IPVA, seguro, manutenção, gasolina, estacionamento… e qualquer imprevisto vira um estresse.

Teve mês que a parcela atrasou. Teve momento que eu quis vender e nem podia, porque o carro ainda estava alienado. Foi uma decisão precipitada, que me prendeu por anos.

O que eu teria feito diferente:

Hoje eu sei que carro não é sinal de sucesso.

Se eu pudesse voltar lá atrás, teria respirado fundo, feito as contas, juntado mais dinheiro. Teria usado app, dividido corrida, alugado quando precisasse… qualquer coisa, menos me comprometer com uma dívida longa por algo que eu mal usava.

Dicas práticas para você:

– Antes de financiar qualquer coisa, pergunte com sinceridade: eu realmente preciso disso agora ou só quero sentir que estou conquistando alguma coisa?

– Coloque todos os custos na ponta do lápis: parcela + seguro + IPVA + combustível + manutenção.

– Se decidir comprar, junte o máximo possível para dar uma boa entrada e evite parcelas longas.

– E sim, tem gente que realmente se beneficia do carro: se você usa para trabalhar, para gerar renda, ou para cuidar de alguém, pode ser um investimento válido.

– Mas se for só status ou pressa… talvez valha esperar. Liberdade de verdade é não se afundar em dívidas desnecessárias.

Viver sem reserva de emergência

Erro #2:

Por muito tempo, eu não tinha nenhuma reserva guardada. Era aquela história de ‘se sobrar dinheiro no fim do mês’, mas no fim do mês nunca sobrava nada.

Eu trabalhava, ganhava, mas não tinha a mínima segurança de que, se algo acontecesse — um celular que quebrasse, um problema de saúde, uma despesa inesperada — eu conseguiria pagar sem entrar no sufoco.

Lembro de vários momentos em que fiquei ansiosa só de pensar ‘e se…’. Essa insegurança financeira é um peso que ninguém devia carregar.

Por que foi um erro:

Sem reserva, qualquer imprevisto vira uma crise enorme. Você não consegue pensar com calma, precisa recorrer a empréstimos, cartão, ajuda de amigos ou familiares, e isso só piora a situação.

Essa sensação de estar sempre no limite desgasta a mente e o corpo. A reserva não é luxo, é proteção.

O que eu teria feito diferente:

Se eu pudesse voltar no tempo, teria começado a guardar um valor fixo, mesmo que pequeno, desde o primeiro salário. Não precisa ser muito no começo. O importante é criar o hábito.

Ter um colchão financeiro faz com que você possa respirar mais tranquila, tomar decisões melhores e até aproveitar oportunidades que surgem do nada.

Dicas práticas para você:

– Estabeleça uma meta inicial: guarde pelo menos R$1.000,00 o mais rápido possível.

– Depois, mire em ter de 3 a 6 meses do seu custo fixo guardado.

– Use investimentos com liquidez diária, tipo Tesouro Selic ou CDBs que liberam o dinheiro quando precisar.

– Separe uma parte fixa do seu salário, nem que seja R$50,00 por mês, e trate isso como prioridade — igual pagar uma conta.

Comprar para impressionar outras pessoas

Erro #3:

Eu já me peguei comprando roupas parceladas, trocando de celular mesmo sem precisar, só porque queria me sentir aceita, parecer que estava bem.

Era uma forma de tentar mostrar para o mundo — e para mim mesma — que eu estava ‘no controle’, que minha vida estava legal. Mas era só uma sensação falsa que não durava.

Por que foi um erro:

Gastando por status, você acaba comprometendo dinheiro que poderia ser usado para construir algo real, ou para ter tranquilidade.

E o pior: a sensação de vazio continua, porque você está tentando preencher um buraco emocional com consumo.

Isso gera ansiedade e dívidas, que só aumentam o problema.

O que eu teria feito diferente:

Se eu tivesse percebido isso antes, teria tentado me desapegar dessa necessidade de aprovação externa.

Teria criado o hábito de refletir antes de cada compra: ‘eu preciso disso de verdade ou estou querendo impressionar alguém?’

E teria guardado esse dinheiro pra investir no que realmente importa para mim.

Dicas práticas para você:

– Faça um detox de compras: fique 30 dias sem comprar nada que não seja essencial.

– Crie uma lista de desejos e espere pelo menos 48 horas antes de comprar algo que deseja muito.

– Pergunte-se: ‘essa compra é para mim ou para os outros?’

– Busque autoestima em hábitos que alimentem seu bem-estar, não no consumo.

– Lembre-se: a paz financeira começa quando a gente para de gastar para impressionar.


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Não priorizar a casa própria

Erro #4:

Esse não foi um erro que eu cometi, mas é algo que eu vejo muita gente errando por aí.

A galera na faixa dos 20 e poucos anos acha que casa própria é algo distante demais, complicado demais, ou que tem que ser uma mansão. E acaba deixando isso para depois, sem pensar no impacto que isso pode ter na vida financeira a longo prazo.

O que vejo de errado nisso:

Comprar um imóvel mais barato — seja uma casa simples ou um apartamento pequeno — e quitar rápido pode ser um dos maiores passos para a liberdade financeira.

Mesmo que você precise se mudar depois por trabalho ou outros motivos, dá pra alugar e transformar isso em uma renda extra.

Diferente do aluguel, que é dinheiro que nunca volta, o imóvel pode ser um patrimônio que cresce com o tempo.

Dicas práticas para você:

– Avalie imóveis mais acessíveis na sua região, priorizando quitar o mais rápido possível.

– Pense na possibilidade de morar no imóvel por um tempo e depois alugar se precisar se mudar.

– Use o imóvel como investimento e fonte de segurança, não só como um gasto ou peso.

– Comece a planejar cedo, mesmo que isso signifique abrir mão de outras coisas no curto prazo.

– Lembre-se: aluguel não volta, mas patrimônio construído pode ser uma base para toda a vida.

Não estudar sobre dinheiro

Erro #5:

Por muito tempo, eu simplesmente ignorei o assunto dinheiro. Achava complicado, chato, e que era coisa de gente que já tinha ‘mais’ para cuidar.

Eu não buscava informação, não lia nada sobre finanças, não entendia nada de investimentos, nem de como controlar gastos.

Isso me deixou perdida e dependente de outras pessoas para tomar decisões importantes.

Por que foi um erro:

Dinheiro não é só matemática ou números, é comportamento. E quanto mais a gente entende, mais a gente ganha controle da própria vida.

Sem conhecimento, você acaba fazendo escolhas ruins, atrasando sua independência financeira e se deixando levar por dúvidas e medos.

O que eu teria feito diferente:

Se eu pudesse voltar, teria dedicado pelo menos 30 minutos por semana para aprender o básico — livros, vídeos, podcasts simples.

Teria buscado entender como funciona o dinheiro, investimentos, dívidas, orçamento.

Isso faz toda a diferença na hora de tomar decisões conscientes.

Dicas práticas pra você:

– Reserve um tempo semanal para estudar finanças pessoais, começando pelo básico.

– Comece por livros simples, como O homem mais rico da Babilônia, e canais que falam de finanças de forma clara e prática.

– Use podcasts ou vídeos curtos para aprender enquanto faz outras coisas.

– Entenda que investir em conhecimento financeiro é um dos melhores investimentos que você pode fazer.

– Dinheiro é mais sobre comportamento do que só sobre números — aprenda a lidar com os dois.

Não ter metas claras e definidas

Erro #6:

Por muito tempo, eu vivia no modo ‘apagar incêndio’ com meu dinheiro. Pagava boleto, pagava conta, fazia bico, aceitava qualquer proposta sem planejar nada. Era uma reação constante ao que aparecia, sem um rumo claro.

Eu não tinha metas financeiras, não sabia onde queria chegar e acabava me sentindo perdida e estressada.

Por que foi um erro:

Viver assim é deixar o dinheiro controlar a sua vida, em vez de você controlar o dinheiro.

Sem planejamento, as chances de errar aumentam, e a ansiedade só cresce porque você não sabe pra onde está indo.

O que eu teria feito diferente:

Eu teria parado para definir objetivos claros — seja quitar dívidas, juntar uma reserva ou investir.

Teria criado uma rotina de revisão mensal para acompanhar meus números e ajustar o que fosse necessário.

Teria tratado minhas finanças como uma parte essencial da minha vida, e não como um caos a ser evitado.

Dicas práticas para você:

– Defina metas financeiras simples e específicas, que façam sentido para a sua vida.

– Use uma planilha, app ou caderno para revisar seus gastos e evolução mensalmente.

– Organize seus pagamentos para evitar atrasos e cobranças extras.

– Reserve um tempo fixo no mês para planejar seus próximos passos financeiros.

– Lembre-se: controle financeiro é sobre autonomia, não sobre perfeição.

Não procurar ganhar mais dinheiro

Erro #7:

Nos meus 20 e poucos anos, eu aproveitei as oportunidades para ganhar dinheiro, especialmente no mundo online.

Foi a fase em que eu estava com mais energia e disposição para trabalhar, aprender coisas novas e buscar formas de aumentar minha renda.

Mas vejo muita gente deixando passar esse momento, esperando as coisas acontecerem, sem se mexer para criar as próprias oportunidades.

Por que isso é importante:

Hoje, ganhar dinheiro não é só sobre um emprego fixo ou um salário mensal.

Tem tantas possibilidades online — freelas, criação de conteúdo, vendas digitais, cursos, marketing — que são acessíveis para quem quer se dedicar.

Aproveitar esse momento para explorar essas opções pode fazer uma enorme diferença na sua vida financeira.

O que eu recomendo:

Continue buscando e aproveitando essas oportunidades. Explore o que tem a oferecer, aprenda, teste, se reinvente.

Trabalhar e ganhar dinheiro na internet exige esforço e disciplina, mas traz liberdade e opções que nem sempre um emprego tradicional oferece.


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Dicas práticas para você:

– Identifique quais habilidades suas podem ser úteis online — escrever, ensinar, criar, vender.

– Procure cursos gratuitos ou acessíveis para se capacitar.

– Experimente plataformas de freelas, marketplaces e redes sociais para divulgar seu trabalho.

– Esteja aberta a aprender e adaptar conforme o mercado muda.

– Lembre-se: esses anos são um momento único para construir suas fontes de renda e aumentar sua autonomia.


Aos 20 e poucos, a gente acha que está atrasado se não tem carro, apê, viagens. Mas o verdadeiro atraso é não saber cuidar do próprio dinheiro.

Quanto antes você aprender a fazer o básico bem feito — guardar, investir, viver abaixo do que ganha — mais cedo vem a paz, a liberdade e até a riqueza.


Se esse conteúdo te ajudou, manda para alguém que está nos 20 e merece começar melhor.

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Sobre o Autor

Inara Souza
Inara Souza

24 anos, interior de São Paulo. É formada em Engenharia Civil e pós-graduada em Arquitetura de Interiores. Criou o Casinha Arrumada para falar das coisas que mais ama e compartilhar histórias. É apaixonada por decoração, livros, músicas e séries de TV. Siga nas redes sociais: Instagram - Facebook - YouTube - Pinterest

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