Se você está planejando uma viagem para Campos do Jordão e não sabe por onde começar, chegou ao lugar certo! Preparei um roteiro completo de 3 dias para você aproveitar ao máximo essa charmosa cidade no interior de São Paulo, conhecida como a “Suíça Brasileira”.

Com clima friozinho, fondue, arquitetura europeia e paisagens naturais de tirar o fôlego, Campos do Jordão é o destino perfeito para casais, famílias ou uma viagem solo cheia de encantos. ✨

✅ O que você vai ver no vídeo:

  • 📍 Mosteiro de São João – Paz, arquitetura e natureza em um só lugar
  • 🌸 Parque das Cerejeiras – Um espetáculo da natureza, perfeito para fotos
  • 🏘️ Vila Capivari – O coração turístico da cidade, cheio de lojinhas e fondue
  • ⛰️ Morro do Elefante – Uma vista panorâmica de tirar o fôlego
  • 🐘 Parque dos Elefantes – Um passeio diferente e curioso
  • 🏞️ Parque da Lagoinha – Contato direto com a natureza e tranquilidade
  • 💡 Dica extra: Incluí sugestões de onde comer e o que fazer à noite!


🌅 Dia 1: Acolhimento, silêncio e contemplação

📍 Mosteiro de São João

Comecei meu roteiro por um dos lugares mais especiais da viagem: o Mosteiro de São João, das Monjas Beneditinas. E digo com tranquilidade — foi uma das experiências mais marcantes que tive em Campos do Jordão.

O mosteiro fica em meio a uma área verde linda, cercado por araucárias, hortênsias e uma atmosfera de paz quase palpável. Assim que cheguei, senti como se o tempo tivesse desacelerado. O barulho da cidade deu lugar ao canto dos pássaros, ao som do vento e ao silêncio acolhedor.

Além da beleza natural, o espaço em si é muito bem cuidado. Os jardins são floridos e convidam para uma caminhada tranquila. A capela, com arquitetura simples e acolhedora, é o coração do lugar. Ali, sentei em silêncio por alguns minutos e apenas respirei. Uma pausa rara na correria da vida.

Lá também acontece o canto gregoriano das monjas. Elas se apresentam em horários específicos do dia (vale conferir antes de ir).

Se você busca um início de viagem mais introspectivo, ou simplesmente quer um momento de calma e beleza, não deixe de incluir esse mosteiro no seu roteiro. Ele não é apenas um ponto turístico — é um convite ao silêncio e à presença.


🌸 Dia 2: Natureza, beleza e fotos incríveis

🌸 Parque das Cerejeiras

No segundo dia, fomos ao Parque das Cerejeiras e eu confesso que estava empolgada para ver aquele famoso cenário cor-de-rosa que sempre aparece nas fotos — mas as flores ainda não tinham dado as caras. As cerejeiras só florescem no final de julho, e minha visita aconteceu um pouco antes disso.

Mesmo sem a floração, o parque tem um charme silencioso e uma energia muito tranquila. Caminhar por ali me trouxe uma sensação de pausa, como se a natureza estivesse respirando fundo antes de florescer. Os galhos secos pareciam adormecidos, mas ainda assim desenhavam formas bonitas contra o céu de inverno.

O ponto alto da visita foi o mirante no topo do parque. A subida é leve e vale muito a pena. Lá de cima, a vista da cidade se abre com um horizonte amplo de montanhas, casas e aquela neblina típica de Campos do Jordão que deixa tudo com cara de cenário europeu. Ficamos um bom tempo por lá, só observando, respirando o ar gelado e deixando o olhar se perder nas curvas da paisagem.

A estrutura do parque é simples, com trilhas fáceis, alguns bancos para descanso e áreas que, com certeza, ficam lindas durante o auge da floração. Mas mesmo fora da temporada das cerejeiras, o passeio tem valor. É o tipo de lugar que convida ao silêncio e à contemplação — e que te ensina, de maneira sutil, que nem tudo precisa estar “pronto” ou “no auge” para ser bonito.

Se você estiver indo para Campos do Jordão por causa das cerejeiras, só fique atenta(o) às datas: o auge da floração costuma acontecer na segunda quinzena de julho. Fora desse período, vá pelo mirante, pela paz e pela oportunidade de desacelerar.

🏘️ Vila Capivari – centro turístico, lojinhas e experiências únicas

Fomos conhecer a Vila Capivari à noite — e foi como caminhar por um cenário de conto de inverno. A arquitetura em estilo europeu, as luzes penduradas nas ruas, o vapor saindo das xícaras de chocolate quente… tudo ajuda a construir aquele clima romântico e aconchegante que faz Campos do Jordão ser chamada de “Suíça Brasileira”.

Começamos a noite passeando sem pressa pelas ruas de paralelepípedo, entrando nas lojinhas e curtindo o friozinho gostoso que pedia uma bebida quente na mão. Paramos para tomar um chocolate quente bem cremoso, do tipo que aquece até o humor. Depois, passamos pelo Chocolate Outlet, onde você pode comprar chocolate por grama — é uma perdição. Escolhi alguns bombons artesanais, castanhas cobertas e pedaços de chocolate amargo para levar pra casa (e alguns, claro, comi na hora mesmo).

Para jantar, escolhemos o Restaurante Raiz, e foi uma experiência à parte. O ambiente tem um charme rústico com sofisticação: fogo aceso, luz baixa, cadeiras cobertas com mantas de pelos e um atendimento impecável. Pedimos o Menu do Chef, que surpreendeu pela apresentação e pelos sabores. Fechamos com chave de ouro: um fondue de frutas com chocolate. Morango mergulhado no chocolate quente, com o frio batendo lá fora… simplesmente perfeito.

Capivari à noite é puro encanto. Tem movimento, mas sem agito excessivo. É aquele tipo de lugar onde você pode caminhar por horas, sem rumo, só absorvendo os detalhes — vitrines iluminadas, música ao vivo em algumas esquinas, casais andando de mãos dadas, o cheiro de pinho e doce no ar. Uma experiência sensorial completa.

Se você for para Campos do Jordão, reserve ao menos uma noite inteira para viver Capivari com calma. Não é só um centro turístico — é o coração pulsante da cidade, cheio de pequenos prazeres que fazem a viagem valer ainda mais a pena.

⛰️ Dia 3: Mirantes, trilhas leves e encontros inusitados

🌳 Parque Capivari – verde no meio do agito

Começamos o dia pelo Parque Capivari, bem no coração da Vila. É um espaço verde e amplo, com áreas para caminhada, bancos à sombra das araucárias e uma atmosfera surpreendentemente tranquila, mesmo tão próximo do burburinho turístico.

O parque também abriga a estação do famoso teleférico, que sobe até o Morro do Elefante — um clássico de Campos do Jordão. Não pegamos o teleférico, mas se você estiver com tempo e coragem (e sem medo de altura), deve ser uma experiência incrível pela vista e pela emoção.

🐘 Morro do Elefante – a vista que justifica o nome

Subimos então até o Morro do Elefante, que oferece uma das melhores vistas panorâmicas da cidade. Lá de cima, é possível ver as montanhas ao fundo, os telhadinhos europeus das casas lá embaixo e toda aquela vegetação de serra que dá a Campos do Jordão sua identidade.

O nome vem do relevo da montanha, que de longe lembra o formato de um elefante deitado. A área é bem estruturada, com mirantes, lojinhas e bancos para sentar e observar com calma. Ficamos ali por um bom tempo, só respirando o ar frio e curtindo o visual.

🐘 Parque dos Elefantes – o inusitado da viagem

Logo ali ao lado está o Parque dos Elefantes, que eu diria ser o passeio mais excêntrico do dia. Não é um zoológico nem um parque temático tradicional — na verdade, é um espaço com réplicas de elefantes de vários tamanhos espalhados por um jardim suspenso, com uma vista linda da cidade.

O lugar é pequeno, mas rende boas fotos e aquela sensação de estar descobrindo algo que pouca gente conhece. É meio kitsch, meio divertido, e vale pela curiosidade.

🏞️ Parque da Lagoinha – pausa para respirar

Para fechar o terceiro dia, fomos ao Parque da Lagoinha, um refúgio tranquilo que foge do movimento do centro turístico. O clima ali é de sossego total — um convite para desacelerar e se reconectar com a natureza.

Além da pequena lagoa cercada por árvores e trilhas leves, o parque abriga o Museu da Lã, uma atração que me surpreendeu bastante. O museu conta a história da produção de lã na região, desde a criação das ovelhas até o processo artesanal de transformação da matéria-prima em peças de roupa e artesanato.

Foi fascinante ver as máquinas antigas, os fantoches e peças feitas à mão que revelam a importância da lã para a economia e cultura local. Para mim, conhecer esse lado mais histórico e artesanal fez o passeio ganhar uma camada extra de significado — como um elo entre a natureza e a tradição de Campos do Jordão.

Se você curte cultura local, história e artesanato, vale reservar um tempinho para o museu. E depois, claro, voltar para a tranquilidade do parque, sentar na grama ou fazer uma pequena caminhada para absorver a energia do lugar.


✨ Considerações finais sobre Campos do Jordão: um convite para desacelerar e se encantar

Três dias em Campos do Jordão foram o suficiente para me apaixonar por essa cidade que vai muito além do frio e do fondue. A “Suíça Brasileira” é um convite constante para desacelerar, olhar para dentro e se deixar envolver pela beleza da natureza, pela arquitetura charmosa e pelo calor humano que pulsa em cada cantinho — mesmo quando a temperatura cai lá fora.

Entre o silêncio acolhedor do Mosteiro de São João, a promessa de flores no Parque das Cerejeiras, o charme vibrante da Vila Capivari, as vistas panorâmicas do Morro do Elefante, a curiosidade do Parque dos Elefantes e a calma do Parque da Lagoinha com seu Museu da Lã, cada lugar me contou um pouco da história e da alma dessa região.

Se você está planejando uma viagem para Campos, minha dica é abrir espaço para essas experiências com o coração aberto — não só para ver, mas para sentir, absorver e se conectar.

Espero que esse roteiro inspire você a viver Campos do Jordão com calma, intensidade e atenção aos pequenos detalhes que fazem toda a diferença.

Boa viagem — e aproveite cada instante dessa cidade mágica! 🥶🍫✨

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Sobre o Autor

Inara Souza
Inara Souza

24 anos, interior de São Paulo. É formada em Engenharia Civil e pós-graduada em Arquitetura de Interiores. Criou o Casinha Arrumada para falar das coisas que mais ama e compartilhar histórias. É apaixonada por decoração, livros, músicas e séries de TV. Siga nas redes sociais: Instagram - Facebook - YouTube - Pinterest

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