Qual seu número? é uma adaptação do livro homônimo escrito por Karyn Bosnak. Eu li o livro há alguns anos (clique aqui para ler a resenha) e havia gostado bastante do enredo. Apesar de clichê e bastante surreal às vezes, a história narrada por Karyn Bosnak é cômica ao extremo, levando você à crises de riso durante o livro todo. Além disso, a narração da autora é leve, despretensiosa e gostosa de ler. O trabalho da editora Novo Conceito na diagramação também é incrível, e a soma desses fatores nos conduz à uma leitura deliciosa para um domingo de tardezinha quando a gente quer relaxar com um chick-lit que não tem qualquer outra função além de entreter.

Apesar de ter curtido a história e me divertido com as confusões da Delilah, eu não havia parado para ver a adaptação até recentemente. Assisti durante a semana, só por curiosidade, para saber se o filme seria tão bom quando o livro. Infelizmente, o filme não chega aos pés do livro. A adaptação foi tão “adaptada” que até o nome da protagonista eles mudaram. Delilah, no filme, é Ally (interpretada por Anna Faris). E apesar de a premissa ser a mesma, muitos dos acontecimentos foram modificados e muitas situações se apresentam bastante divergentes do livro. É claro que não dava para colocar toda a história do livro dentro do filme, mas infelizmente esses cortes contribuíram para que o filme fosse menos, bem menos do que o esperado.

O enredo segue Ally (para quê mudar o nome da protagonista eu não sei), que lê em uma revista um artigo estarrecedor dizendo que a média de parceiros sexuais para uma mulher na casa dos 30 anos é algo em torno de 10,5. Ally se desespera diante do fato de que o seu número representa quase o dobro da média nacional e por isso ela decide não deixar o seu número aumentar e faz uma promessa: o próximo cara será o certo. Acontece que depois de uma noite de bebedeira, Ally acaba na cama com o seu antigo chefe, um cara que ela simplesmente abomina. O problema é que a revista também dizia que se o seu número fosse muito maior, as chances de entrar num relacionamento estável que levaria a um casamento seriam praticamente nulas. Assim, Ally tem a ideia brilhante de ir atrás de seus ex-namorados na esperança de que um deles seja o cara certo. Para isso, ela conta com a ajuda de Collin (Chris Evans), seu vizinho charmoso que parece estar sempre fugindo de alguma garota no café da manhã.

Como eu disse, a premissa básica é a mesma, o que muda é o modo como a história é contada. Além do nome da protagonista, os encontros da Ally com os ex-namorados são enxugados até que alguns poucos bocados são apresentados. Por isso, infelizmente, muito do cômico da história fica de fora. O filme foca na relação da Ally com Collin, trazendo novas situações que não existem no livro. Mesmo o final é diferente.

O filme é um boa comédia romântica se você conseguir se desprender do que leu ou se você ainda não leu o livro. O filme é gostoso e dá para se divertir, sim, o que não dá é esperar por uma adaptação fiel, porque Qual seu número?o filme, passa bem longe disso. Além disso, o elenco de apoio é incrível, principalmente a irmã da Ally e o noivo dela. O casamento de ambos é uma das cenas mais lindas do filme; eu ri e chorei muito no momento em que ambos fazem os votos de casamento. Ou seja, o filme consegue divertir e entreter, sim, mas o livro é muito melhor em todos os sentidos, por isso você não pode deixar de ler, principalmente se viu o filme antes e gostou.

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Sobre o Autor

Inara Souza
Inara Souza

24 anos, interior de São Paulo. É formada em Engenharia Civil e pós-graduada em Arquitetura de Interiores. Criou o Casinha Arrumada para falar das coisas que mais ama e compartilhar histórias. É apaixonada por decoração, livros, músicas e séries de TV. Siga nas redes sociais: Instagram - Facebook - YouTube - Pinterest

3 Comentários

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  1. Oi Inara.
    Bom eu li e assisti, e como não consegui me desprender do que li, fiquei fazendo comparações e me frustrei totalmente, achei o filme um fiasco, decepcionante, não me agradou em nada, totalmente diferente do livro que me conquistou.

    Até mais.
    Leituras da Paty