Amy (Kimberly Williams) perdeu a mãe quando tinha 7 anos de idade. Antes de partir, porém, sua mãe elaborou um gráfico, um roteiro de tudo o que Amy deveria fazer, viver e experimentar: quando ir para o acampamento de verão, qual faculdade cursar, com que idade ter o primeiro namorado e até mesmo quando ela deveria se casar. Apenas a forma que ela encontrou de estar mais próxima da filhinha pequena, dar-lhe algum alento, algo em que se apoiar quando ela se fosse.

Mas Amy levou o gráfico muitíssimo a sério. Foi para o acampamento de verão na idade certa, concorreu ao cargo de presidente da sala, viajou para a Europa antes de entrar para a faculdade, cursou a faculdade de direito, e hoje, aos 27 anos, ela é advogada e o próximo passo é conquistar sua vaga na sociedade no escritório. E, bom, ela também odeia o seu emprego e foge dele sempre que pode para pintar pratos.

Quando o quinto namorado, relacionamento que durou alguns anos, vai embora, Amy está pronta para o sexto. E, então, o sétimo, o cara perfeito, aquele com quem sua mãe determinou que ela deveria se casar. Mas algo imprevisível acontece: Amy encontra o cara perfeito antes da hora. Agora ela precisa elaborar um plano realmente bom para que o sexto vire o sétimo e eles possam ser felizes para sempre. Mas as coisas não saem exatamente como planejado.

O filme é assim – romântico e gostoso. Típico filminho da sessão da tarde, com direito à risos e lágrimas. Bem previsível, também. Você consegue adivinhar o que vai acontecer assim, logo de cara, nos primeiros minutos do filme. Mas, mesmo já conhecendo o desfecho, você continua ali, só para se deliciar com aquelas particularidades de meio de enredo.

A Amy é bem doida com essa história do gráfico e com sua mania de organização.  Mas você entende o quanto o gráfico se tornou importante para ela após a morte da mãe, afinal, ele era tudo o que lhe restara dela, um vínculo. Amy mesmo confessa que o gráfico a fazia se sentir mais perto de sua mãe, e que, por isso, ela sempre o seguiu à risca.

Patrick Dempsey é Peter, um (aparentemente) simples gerente de uma padaria. É ele que vai mostrar à Amy que o gráfico fora apenas a maneira que sua mãe encontrara de amparar sua garotinha, e que nunca deveria ter se tornado um fardo. Num momento bastante emocionante, inclusive, Peter pergunta a ela o que fará dali em diante, agora que está livre para o senhor perfeito, o número sete. No número sete, o gráfico termina bruscamente.

É uma historinha simples, mas com uma lição de vida bem legal: a vida não é apenas um gráfico, uma sucessão de tomadas de decisões perfeitas e inquestionáveis. A beleza está justamente no nosso direito e poder de arriscar. De mudar de opinião e viver a vida na expectativa do que haverá depois de cada esquina. Porque é aí que está a mágica toda que faz a vida, a verdadeira vida, acontecer.

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Sobre o Autor

Inara Souza
Inara Souza

24 anos, interior de São Paulo. É formada em Engenharia Civil e pós-graduada em Arquitetura de Interiores. Criou o Casinha Arrumada para falar das coisas que mais ama e compartilhar histórias. É apaixonada por decoração, livros, músicas e séries de TV. Siga nas redes sociais: Instagram - Facebook - YouTube - Pinterest

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